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terça-feira, 31 de março de 2009
Eles não sabem nem sonham...
Pedra Filosofal
Manuel Freire
Composição: António Gedeão
Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim
Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança
segunda-feira, 30 de março de 2009
E se Judas não fosse o vilão que traiu Jesus?
Encadernado em tecido e redigido em língua copta, o manuscrito - ou códice data dos secs. III ou IV e constitui a única cópia conhecida do Evangelho de Judas, cujo original terá sido escrito em grego por um grupo de gnósticos, antes do ano 180. A análise das 26 páginas do papiro, sugere que Judas estaria, afinal, a cumprir os desejos de Jesus quando o entregou às autoridades.
E por várias vezes o apóstolo maldito, por ter entregue Jesus aos romanos, surge destacado. “Afasta-te dos outros e contar-te-ei os mistérios do reino. Irás alcançá-los, mas sofreras muito”, diz-lhe Jesus, afirmando ainda: “…serás maldito pelas outras gerações, e mandarás nelas.”
“O Evangelho de Judas transforma o acto de traição de Judas num acto de obediência”, diz Craig Evans, um conceituado professor do Novo Testamento do Acadia Divinity College, situado em Wolfville, na Nova Escócia.
domingo, 29 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Movimento natureza - As árvores
Árvores do Alentejo
Horas mortas? Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido? e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro e giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
pedindo a Deus a minha gota de água.
Florbela Espanca
terça-feira, 24 de março de 2009
Anagramas, faça o seu...
Os anagramas podem ser simples ou múltiplos. Deixo aqui alguns exemplos.
Arte, tear, ater…
Casar, sacar, rasca, …
Roma, amor, ramo, mora…
Velas, levas, selva, vales…
Leonardo da Vinci usava anagramas para proteger os seus estudos contra espiões.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Aleijadinho, o arquitecto e escultor da época colonial
Por volta de 1777, quando estava empenhado na execução do projecto arquitectónico e construção da Igreja de S. Francisco de Assis, em Vila Rica, desenvolveu uma doença degenerativa dos membros, que lhe comprometeu os movimentos, ficando mesmo sem os dedos das mãos e dos pés. Para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas aos membros. Dessa anomalia causada pela doença surge o apelido de aleijadinho.
Cristo carregando a cruz - Congonhas
Entre 1796 e 1799, realiza 66 estátuas em tamanho natural, em cedro, para a Via Crucis, para seis capelinhas votivas, inspirando-se no conjunto do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, Portugal. Realizou ainda alguns conjuntos escultóricos como a prisão de Cristo constituído por 8 figuras e a flagelação e coroação de espinhos. São ainda dignas de referência, Cristo no Horto, e várias outras esculturas religiosas em pedra sabão.
O conjunto monumental de Congonhas representa a obra-prima do artista., mas são também da sua autoria a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de S. José, Matriz de Nossa Senhora do Pilar, o Chafariz do Pissarão e o Palácio dos Governadores.
Apesar de ter granjeado fama e prestígio em vida, sendo considerado o primeiro artesão colonial a ascender à dignidade de artista, Aleijadinho morreu pobre e abandonado. Mas a sua obra permanece como um registo genial da grande festa do ouro, cultura e arte, nas minas da época colonial.
Não perca de vista os seus objectivos
- Os nossos objectivos apenas podem ser alcançados através de um plano, no qual acreditamos sem reservas, e sobre o qual agimos de forma enérgica. Não existe outra forma para o sucesso.
Stephen A. Brennan
- Quando estamos motivados por objectivos que têm um significado profundo, por sonhos que necessitam de ser completados, por amor que precisa ser expressado, então viveremos a vida verdadeiramente.
Greg Anderson
- Sem objectivos e planos para os alcançar, somos como um navio que navega sem destino.
Fitzhugh Dodson
- Eu acho que o passo mais importante em cada conquista é especificar um objectivo. Isto permite que a sua mente se foque no objectivo e não nos obstáculos que irão surgir quando tenta fazer o melhor.
Kurt Thomas
- Os altos e baixos da vida fornecem janelas de oportunidades para determinar os seus valores e objectivos. Pense em usar todos os obstáculos como pedras para construir a vida que deseja.
Marsha Sinetar
- Os objectivos são sonhos com prazos.
Diana Scharf Hunt
- O homem é um animal à procura de objectivos. A sua vida apenas tem significado se ele se esticar para atingir os objectivos.
Aristotle
- Os nossos planos não funcionam porque não fazemos pontaria. Quando o homem não sabe para onde atirar, não existe nenhum vento correcto.
Seneca
- Os obstáculos são aquelas coisas horríveis que aparecem quando tira os olhos dos objectivos.
Sydney Smith
Quando alguém como eu tem um blog
“A definição de Blog não é consensual. Um Blog é um registo cronológico e frequentemente actualizado de opiniões, emoções, factos, imagens ou qualquer outro tipo de conteúdo que o autor ou autores queiram disponibilizar. Existem muitos tipos de Blogs, ouve-se muitas vezes a expressão “Diário virtual” para descrever o Blog, o SAPO pensa que um Blog pode ser muito mais do que isso. Depende apenas e só do que o autor ou autores queiram que o seu Blog seja.”
Quando criei o meu blog, decidi que seria a extensão da minha sala de aula, que falaria do que gosto do que sei, do que me dá prazer.
Gosto de ensinar, de partilhar conhecimento, mas não gosto de falar de mim, do que sou, do que sinto. O que penso, dentro da linha do meu blog está lá expressa.
Para o registo da viagem da minha vida, tenho os meus caderninhos onde diariamente anoto momentos que, não gosto de partilhar, mas que gosto de recordar mais tarde.
Tenho muita dificuldade e, chamem-lhe insegurança se quiserem, de expor os meus sentimentos e emoções para quem não vejo. Quando falo de mim, gosto de o fazer cara a cara, observando a reacção das pessoas, envolvendo-me fisicamente nessa partilha. Admiro profundamente e invejo até, quem o consegue fazer. Pessoas que com uma fluência incrível descrevem situações na primeira pessoa, histórias maravilhosas que me encantam.
Da mesma forma que preservo o que penso e o que sinto, preservo os meus. São maneiras de estar, de ser e de fazer, não tem nada a ver com a falta de coragem, falta de opinião ou inércia, são diferentes posturas em relação à vida.
domingo, 22 de março de 2009
Para a Lu um abraço de parabéns
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
Cecília Meireles
sábado, 21 de março de 2009
Sagração da Primavera
Oração da Serenidade
Oração da serenidade
a serenidade para aceitar as coisas
que eu não posso modificar,
a coragem para modificar
aquelas que eu posso, e
a sabedoria para distinguir
umas das outras
sexta-feira, 20 de março de 2009
Queres vir comigo à casa de banho?
Nesta atitude há uma antiga lógica ancestral.
Na pré-história por muito tosca que fosse a caverna ou um abrigo, as pessoas teriam que se deslocar a algum ponto próximo para satisfazer as suas necessidades fisiológicas.
As mulheres, muitas vezes sozinhas nas cavernas tinham que se proteger de eventuais perigos quer de animais selvagens quer de outros humanos, de clãs diferentes e com pretensões duvidosas. Assim convidavam-se mutuamente para se fazer acompanhar neste percurso.
Fonte: O sagrado e o Profano de Mircea Eliade
Lello, uma das livrarias mais belas do mundo
O edifício da chamada Livraria Chardron, agora a Lello, está situado na Rua das Carmelitas e foi inaugurado a 13 de Janeiro de 1906, encomendado o projecto a Xavier Esteves, um distinto engenheiro da época. De estilo neogótico e modernista, é famosa no mundo inteiro e um dos ícones da cidade com grande tradição literária e intelectual.
Uma verdadeira preciosidade é a escada de madeira lavrada que se encontra no centro da livraria e que dá acesso ao segundo piso. A sua decoração é feita basicamente de madeiras trabalhadas, tipo filigrana, com uma infinidade de detalhes característicos da época, que encantam qualquer um, não só os amantes da leitura, mas também arquitectos e historiadores de arte.
No tecto encontra-se uma formosa clarabóia que envolve a livraria numa luz suave e natural que convida à leitura. Para além das belíssimas estantes o chão em madeira é atravessado por carris onde circulava um vagão que percorria a livraria, permitindo com maior facilidade a deslocação e recolocação de livros.
A pensar nos turistas, que têm a Lello como lugar de passagem no roteiro do Porto, tem obras traduzidas, em várias línguas, de escritores portugueses. A livraria Lello & Irmão é um motivo de orgulho para os portugueses
Nora, a gata pianista
Até que um dia, a gata saltou para cima de um piano e bateu com as duas patas no teclado. O descuido deu origem ao início de uma insólita carreira musical, com contornos felinos. Pouco tempo depois, "Nora" surpreendeu os donos novamente no piano, tocando quase perfeitamente uma das melodias ensinadas pelos professores aos seus alunos
Agora «Nora» pratica todos os dias os seus dotes musicais
terça-feira, 17 de março de 2009
Esculturas bizarras
Praga - Repúblia Checa /Potsdam - Alemanha
Headington-Reino Unido /Colónia- Alemanha
Artista mata à fome cachorro numa galeria de arte
Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.
Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.
Até que finalmente morreu de inanição, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.
parece-te forte?
Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2009.Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição :
<http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html>
(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor alheia
REENVIA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS CONTACTOS, POR FAVOR. se puseres o nome do 'artista' no Google, saem as fotos deste pobre animal e seguramente também aparecerão páginas web onde poderás confirmar a veracidade da informação.
domingo, 15 de março de 2009
Karni Mata - O templo dos ratos
Para a maioria dos povos, sobretudo os ocidentais, os ratos são conhecidos especialmente pelo risco à saúde, são portadores de variadas doenças transmissíveis ao homem, como a leptospirose - peste bubônica - e hantavírus – febre hemorrágica viral, febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR); e a síndrome pulmonar por hantavírus (SPHV), infecções muito graves - além de ser hospedeiro para outras doenças.
Na Índia são divindades. Existe um templo, Karni Mata, dedicado aos ratos. Estes animais são venerados como deuses e recebem oferendas em alimentos, podendo - se alimentar, reproduzir e viver à vontade dentro do templo.
As pessoas visitam os animais e a quantidade de ratos é tão grande que às vezes pisam nos ratos e sem querer, matando o animal. Nestes casos é necessário que se pague o peso do rato em ouro para confortar a pobre alma do ratinho.
Existem no local cerca de 10.000 ratos e muitas pessoas entram lá descalças, pisando sobre as suas fezes. Muitas compartilham o próprio alimento com os ratos, já que isto é considerado uma honraria e ingerem o alimento mesmo após os ratos terem comido e andado sobre ele.
O governo indiano precisou de ajuda para alimentar 120.000 pessoas que ficaram sem ter que comer porque os ratos comeram tudo. O governo, para dar conta da quantidade de ratos existente, organizou uma competição de matadores de ratos. Ao todo, os fazendeiros mataram 25 milhões de ratos. O problema dos ratos lá é tão sério que as estatísticas apontam para a absurda marca de 10% total de perda para os roedores em toda a produção agrícola da Índia!
Respeito a cultura de cada povo, e não sou contra o facto de divinizarem os ratos, mas deveriam ser mais contidos nas suas manifestações de fé, não pondo a saúde em risco.
Cultura é cultura! O que pensa?...
sábado, 14 de março de 2009
Desejo a vocês - poema de Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 12 de março de 2009
O Ganges entre o divino e o horror
O Ganges, com seus 2.510 km de percurso, é considerado um rio sagrado, e venerado por representar a deusa "Ganga". O rio mais importante da Índia é meta de milhões de hinduístas que, todos os anos, fazem nas suas águas as suas abluções sagradas, para se purgarem dos seus pecados. As águas do Ganges recebem anualmente, cerca de 100 kg de cinzas dos mortos cremados nos rituais hinduístas de purificação da alma, e intensas descargas industriais de esgotos e pesticidas.
Somente na cidade de Varanasi são 32 saídas de esgoto para o rio, o que torna o ritual hindu extremamente desagradável e perigoso.
A Organização Mundial de Saúde, está estudar uma forma de despoluir este rio, que é a principal causa da mortalidade infantil da região devido às substancias tóxicas ali depositadas.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Lei do menor esforço
Na ciência védica, a ancestral filosofia da Índia, este principio é conhecido como o principio da economia de esforço, ou «faça menos e realize mais». Atinge-se um estado em que não se faz nada e realiza-se tudo. Isto significa que existe apenas uma ténue ideia e a manifestação dessa ideia surge sem esforço.
Se observar a natureza em acção verá que o esforço despendido é mínimo. A relva não se esforça para crescer. Os peixes não se esforçam para nadar, mas nadam. A inteligência da natureza funciona sem esforço, nem fricção, com espontaneidade. E quando nos encontramos em sintonia com a natureza e adquirimos o conhecimento do nosso eu, estamos aptos a aplicar a lei do menor esforço
É necessário aplicar a aceitação. Aceitar as pessoas, situações, circunstâncias e acontecimentos, tal como eles ocorrem. Reconhecer que determinado momento é o que deveria ser, porque todo o universo é como deveria ser. Não lutar contra o universo, lutando contra o momento presente. Aceitar as coisas como são no momento e não como gostaria que fossem
terça-feira, 10 de março de 2009
Homem de Vitrúvio
domingo, 8 de março de 2009
Pintura Metafísica de Giorgio De Chirico
Este estilo de pintura cria um impressão de mistério, através de associações pouco comuns de objectos totalmente imprevistos, explora os efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada e escultural. Tem inspiração na Metafísica, ciência que estuda tudo quanto se manifesta de maneira sobrenatural.
A Pintura Metafísica antecipa certos aspectos do Dadaísmo, ao aproximar objectos díspares, e também do Surrealismo, ao representar um clima onírico
Retratava nas suas obras cenários arquitectónicos, solitários, irreais e enigmáticos, onde colocava objectos heterogéneos para revelar um mundo onírico e subconsciente, perpassado de inquietações metafísicas.
Das suas composições fazem parte elementos arquitectónicos como colunas, torres, praças, monumentos neoclássicos, chaminés de fábricas etc. construindo, paradoxalmente, espaços vazios e misteriosos. As figuras humanas, quando presentes, carregam consigo forte sentimento de solidão e silêncio. São meio-homens, meio-estátuas, vistos de costas ou de muito longe. Quase não é possível entrever rostos, apenas silhuetas e sombras, projectadas pelos corpos e construções.
sábado, 7 de março de 2009
Dia Internacional da Mulher - Poema de Florbela Espanca
Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
quinta-feira, 5 de março de 2009
Quem foi Patânjali?
Considerado um siddha (iogue perfeito), Patânjali teria vivido na Índia por volta do século 4 d.C.. O “Caminho Óctuplo” (Ashtanga Yoga) atribuído a ele, e que inclui a meditação, a ioga, e algumas posturas de vida, define um sistema espiritual completo, que qualquer um de nós pode tentar colocar em prática.
Ele é constituído por:
• Autocontrole (yama), que compreende cinco “nãos”: não à violência, não à mentira, não ao roubo, não à sexualidade descontrolada, não à avidez (por comida, riqueza ou poder);
• Observância (nyama), que compreende cinco “sins”: pureza, contentamento, prática constante, auto-estudo, devoção ao Divino. O autocontrole e a observância permitem-nos superar tendências negativas como a avidez e desenvolver atitudes positivas como o contentamento.
• Postura física (asana); flexibiliza, fortalece e alinha o corpo.
• Controle da respiração (pranayama); juntamente com as posturas físicas, direciona a força vital (prana) para a ativação dos centros energéticos (chakras) e a ampliação da consciência.
· Recolhimento da atenção (pratyahara); juntamente com a concentração nos liberta do turbilhão de sensações, sentimentos e pensamentos e direcionam a força mental para o Divino.
• Concentração (dharana)
• Meditação (dhyana)
• Êxtase místico ou superconsciência (samadhi).
Fonte: Revista Veja Novembro de 2008
quarta-feira, 4 de março de 2009
Manuscritos do Mar Morto
Os textos encontrados coincidem com os medievais, embora sejam quase mil anos anteriores, e as poucas variantes que apresentam coincidem em grande parte com algumas já testemunhadas pela versão grega, chamada dos Setenta, ou pelo Pentateuco samaritano.
Entre os textos de Qumran não há nenhum texto do Novo Testamento, nem nenhum escrito cristão.
Quem foram os Essénios
O mosteiro cujas ruínas se encontravam nas proximidades das cavernas onde os rolos foram encontrados, tinha sido habitado por um grupo de judeus pertencente as seitas dos essênios. Os primeiros religiosos essênios haviam chegado àquela desértica região às margens do Mar Morto por volta do ano 200 antes de Cristo. Os monges durante o dia trabalhavam nas hortas teciam linho, providênciavam a sua subsistência. À tarde liam, meditavam, oravam e entregavam – se à importantíssima tarefa de preparar cópias fiéis dos manuscritos antigos, para que a Palavra de Deus não se perdesse.
terça-feira, 3 de março de 2009
Pentagrama
A palavra grega pode ainda derivar da antiga Mesopotâmia, cerca de 3000 a. C, aqui significava corpo celestial ou estrela.
O pentagrama também era conhecido como estrela de Salomão, ou selo de Salomão, e é utilizado nas tradições mágicas e rituais árabes, bem como em rituais judaicos.