Por volta de 1777, quando estava empenhado na execução do projecto arquitectónico e construção da Igreja de S. Francisco de Assis, em Vila Rica, desenvolveu uma doença degenerativa dos membros, que lhe comprometeu os movimentos, ficando mesmo sem os dedos das mãos e dos pés. Para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas aos membros. Dessa anomalia causada pela doença surge o apelido de aleijadinho.
Cristo carregando a cruz - Congonhas
Entre 1796 e 1799, realiza 66 estátuas em tamanho natural, em cedro, para a Via Crucis, para seis capelinhas votivas, inspirando-se no conjunto do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, Portugal. Realizou ainda alguns conjuntos escultóricos como a prisão de Cristo constituído por 8 figuras e a flagelação e coroação de espinhos. São ainda dignas de referência, Cristo no Horto, e várias outras esculturas religiosas em pedra sabão.
O conjunto monumental de Congonhas representa a obra-prima do artista., mas são também da sua autoria a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de S. José, Matriz de Nossa Senhora do Pilar, o Chafariz do Pissarão e o Palácio dos Governadores.
Apesar de ter granjeado fama e prestígio em vida, sendo considerado o primeiro artesão colonial a ascender à dignidade de artista, Aleijadinho morreu pobre e abandonado. Mas a sua obra permanece como um registo genial da grande festa do ouro, cultura e arte, nas minas da época colonial.
4 comentários:
Olá! Tudo bem?
Passei aqui para tomar um cafezinho da tarde.
O papo tá ótimo, tanto que acabei virando seguidora.
Abraços,
Débora Martins
Olá!
A obra de Aleijadinho é extensa e magnífica. Quem tem a oportunidade de vê-las fica encantado com tanta beleza, depois de tanto tempo ainda continua atraindo a atenção de muitas pessoas que visitam as cidades históricas de Minas Gerais.
Abraços
Francisco Castro
Obras belíssima, Emília, que revelam, não apenas o talento do artista, mas a sua incrível capacidade de vencer desafios para manter viva a sua arte.
Bjs, querida, e inté!
Meu post desta semana, lá no Fundo, além do poema, tem também um meme para o qual você é uma de minhas indicadas.
Emília, parabéns pelas publicações!
Adoro as obras do Antônio Francisco Lisboa,gostaria de visitar as cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas do Campo, onde se encontram os seus principais monumentos, para ver tudo bem de pertinho.(rs)
Quem sabe,um dia eu conhecerei?
Um abraço
Rose
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