Mar
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
Poema de : Sophia de Mello Breyner Andresen
9 comentários:
Olá Emília:
Muito bonita essa poesia, combinou muito bem com a imagens..
O mar serve muito bem como metáfora.
ABS
Poema lindíssimo e as fotos são espectaculares!
Abraços
Olá Emília,
Gostei de tudo que vi por aqui.
Lindo poema.Adoro o mar, seja de Copacabana ou não...
Mar misterioso Mar.
Saudações!
Parabéns pelo post que diz "Metade da minha alma é feita de marezia" sendo que gostei também das belíssimas foto do mar!
CharlesNetto-PoA-RS/BR
Todo o conjunto é lindo, álias, se torna ainda mais lindo por se complementarem, tiveste muito bom gosto!
Oi Emília.
Belo poema. Como canta Lulú Santos: "a vida vem em ondas como o mar, no indo e vir do infinito".
Um abração.
Oi Emília.
Belo poema. Como canta Lulú Santos: "a vida vem em ondas como o mar, no indo e vir do infinito".
Um abração.
Olá Emília!
A poesia é linda e as fotos enriqueceram ainda mais. Tudo lindo por aqui! Adorei!
Grande beijo,
Jackie
Emília, que maravilhoso poema você nos trouxe. Lembrei, com as fotos, de tantos entardeceres que pude ver em Florianópolis, na praia onde morava.
Abraço,bom final de semana.
Vera.
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