Esperava o metro para me levar ao meu destino, sentado a meu lado estava um casal estrangeiro, falavam uma língua embrulhada que não deu para perceber a nacionalidade. O casal teria à volta de trinta e poucos anos, a senhora loira e jovial, estava grávida.
As estações do metro do Porto são amplas e luminosas, e com uma suave música de fundo. Começou –se a ouvir um belíssimo tango, pareceu-me Astor Piazzola, imediatamente o cavalheiro a meu lado levantou-se e segurando a mão da senhora convidou-a a dançar. Com o ar mais feliz do mundo rodopiaram no espaço amplo da estação. Inicialmente as poucas pessoas que lá se encontravam, umas 10, ficaram surpresas mas rapidamente se lhes rasgou um sorriso de consentimento. O metro chegou, eles partiram sorridentes para o seu destino e eu para o meu, o cemitério. Faz um ano que meu irmão partiu.
2 comentários:
Como é belo saber que ainda há pessoas com amor ultrapassam as "nossas" crises.
Assim como a perda de alguém que nos é querido.
Abraços
tony
Saudações!
Amiga Emilia,
Que bela história de amor e felicidade!
Onde encontram-es pessoas felizes algo sublime acontece para confortar momentos dificeis!
Parabéns pelo lindo post!
Abraços,
LISON.
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