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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Já agora... Em Portugal tudo se arranja…

“Arranjar
Em Portugal, como todos sabem, é muito raro conseguir seja o que for. Em contrapartida tudo se arranja. O arranjar hoje é a versão portuguesa do conseguir. É verdade que “Quem espera sempre alcança”, mas como ninguém está para esperar, em vez de alcançar o que se quer, arranja-se outra coisa qualquer.
No fundo é talvez por não se terem as coisas que elas se têm de arranjar. Não se tem tempo, mas arranja-se. Já não há bilhetes, mas conhece-se alguém que os arranja. Ninguém tem dinheiro mas vai-se arranjando para o tabaco.
O próprio sistema político, económico, cultural, social estimula uma atitude para com o cidadão que se traduz pela expressão ”arranjem-se como puderem”. E o cidadão lá se vai arranjando. O mais das vezes este apelo constante ao improviso, à cunha e ao desenrascanço leva aos piores resultados. A continuar assim, o país está bem arranjado (…)”

“Já agora
Há uma instituição portuguesa que é única no mundo inteiro. É o “já agora”. Noutras culturas, tratar-se-ia de um pleonasmo. Na nossa, faz parte do pasmo.
O “Já agora” e a variante popular “Já que estás com a mão na massa…”, significam a forma particularmente portuguesa do desejo. Os portugueses não gostam de dizer que querem as coisas. Entre nós o querer é considerado uma violência. Por isso, quando se chega a um café, diz-se que se queria uma bica, e nunca que se quer uma bica. Se alguém oferece, também, uma aguardente, diz-se “Já agora…”. Tudo se passa no pretérito, no condicional, na coincidência (…)”

Excertos de crónicas de Miguel Esteves Cardoso

Miguel Vicente Esteves Cardoso nascido em Lisboa em 1955, é um crítico, escritor e destacado jornalista português.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dez das coisas que detesto...

Aceitando o desafio que me fizeram a Luísa e a Sandra aqui deixo 10 das coisas que não gosto.

Detesto supermercados. Só vou na última, e mesmo assim, a pressa de me vir embora é tanta que me esqueço de metade das coisas


2º
Detesto pessoas que falam com a boca cheia. Nhaque, nhaque a comida a saltar de um lado para o outro. Chicletes, sobretudo quando mastigam com a boca aberta e fazem balões

Detesto que me chamem miga. Miga, miguinha. Abomino

Detesto estar no cinema e ter um ruminante ao meu lado a comer pipocas.


Detesto roupa apertada e sapatos que magoam.


Detesto que me interrompam quando estou concentrada

Detesto barulho e confusão, pessoas que falam aos berros e que discutem por tudo e nada

Detesto gente com as unhas sujas, por nítida falta de limpeza. Porque há quem tenha as unhas sujas devido ao trabalho e isso é outra coisa.

Detesto quando convido gente para jantar e chegam 1 hora depois, com a maior cara de pau, sem quererem saber se me estragaram o jantarinho que fiz com tanto entusiasmo

10º

Detesto que me mintam negando evidências

Como o previsto no jogo, indico também alguns amigos para darem o seu testemunho

domingo, 27 de setembro de 2009

A força provém da vontade indomável- Jô Soares entrevista Laura Maria Marques

Laura Maria Marques uma mulher fantástica que nos dá uma grande lição de vida.



“O segredo da felicidade está na liberdade; o segredo da liberdade está na coragem” Péricles

“A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável."
Mahatma Gandhi

domingo, 20 de setembro de 2009

Os dons de Deus


Um dia, um homem entrou numa loja e, estupefato, viu um anjo atrás do balcão.

Maravilhado com aquela visão, perguntou: "- Anjo,

o que vendes?"

O anjo respondeu: "- Todos os dons de Deus."

O homem voltou a perguntar: "- E custam caro?"

E a resposta do anjo foi: "- Não. É de graça .. é só escolher."

O homem, todo feliz, olhou para toda a loja e viu jarras de vidro de fé, pacotes de sabedoria, caixas de felicidade ... Não estava acreditando que poderia adquirir tudo aquilo.

"- Por favor, embrulhe para mim, muito amor de Deus, bastante felicidade, abundante perdão d'Ele, amor ao próximo, paciência, tolerância..."

O anjo anotou o pedido e foi separar os produtos. Ao retornar, entregou-lhe vários pacotinhos, que cabiam na palma da mão do homem. Espantado, ele indagou: "- Como pode você me dar apenas esses pacotinhos?! Eu quero levar uma grande quantidade dos dons de Deus."

O anjo respondeu: "- Querido amigo, na loja de Deus nós não vendemos frutos. Apenas sementes."


Fonte: http://www.metaforas.com.br/

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vontade de você

Imagem_difusa_homem-mulher

Hoje me deu vontade de escrever
Escrever não sei o quê, mas pra você

Hoje me deu vontade de te abraçar
De me perder em teus braços
De me envolver em abraços

Hoje me deu uma grande saudade
Uma enorme vontade
De me fundir em você

Hoje me deu um imenso desejo
De te amar
De me soltar

Hoje eu queria você
Queria viver somente com você,
Por você...

Hoje eu só queria teu calor
E me entregar ao cansaço
De uma noite de amor

Hoje eu queria ver teu rosto
Sentir o suor no teu corpo esgotado de amar
Hoje eu só queria dizer...

Que te quero muito!!!
Quero sentir seu corpo quente sobre o meu,
suas mãos me acariciando, seus beijos, seu desejo....

VOCÊ!

**PauloFuentes**

http://www.nadirdonofrio.com/biografia_paulofuentes/biografia_paulofuentes.htm

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Desafiando o tempo


Mandou-me um amigo e eu não resisti a publicar. Não há palavras para descrever

Sobrevoando o Grand Canyon

DSC00726A caminho de las Vegas o Parque Natural de Yosemite,

Zion Canyon

DSC00902 Depois do pequeno-almoço saímos de Las Vegas rumo a Saint George, uma das cidades fundadas pelos Mormons. Continuando chegamos ao mais velho parque do estado do Utah, Zion Canyon, conhecido pelo íngreme e escavado desfiladeiro cavado pelo rio Virgin

Bryce Canyon

DSC00910Viajamos ao longo das pradarias em direcção ao Bryce Canyon National Park localizado no sudoeste do estado de Utah

DSC00914DSC00911DSC00921 As belíssimas formações de um tom avermelhado são resultado da contínua erosão do vento, água e gelo em estruturas geológicas, que formam uma espécie de pináculos rochosos.

Lake Powell no Glen Canyon

DSC00948 Lake Powell é um reservatório no rio Colorado, nas terras da fronteira entre Utah e Arizona. A construção da grande barragem no rio Colorado, da qual resultou o Powell Lake, o segundo maior lago artificial dos States, ficou concluída nos anos 60. É o segundo maior reservatório artificial nos Estados Unidos, armazenando 24.322.000 hectares pés (30 km ³) Lake Powell foi criado pelo alagamento de Glen Canyon

DSC00951

Monument Valley

DSC00979Através da Reserva dos Índios Navajo fomos até ao Monument Valley. Estas formações rochosas foram filmadas ao longo dos anos, tornando-se sem dúvida a imagem definitiva do Oeste americano. Continuando caminho, atravessamos para o Arizona e, finalmente deparámos com um dos mais soberbos fenómenos geológicos, o Grand Canyon.

Grand Canyon

DSC01000O Grand Canyon encontra-se no território dos EUA a maior parte no estado do Arizona. O vale foi moldado durante milhares de anos pelo rio Colorado à medida que as suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.

DSC01021 A viagem de helicóptero sobrevoando o Grand Canyon é de uma grandiosidade assustadora.

DSC01036 DSC01033 DSC01016 DSC01040Quando o helicóptero virou, o reflexo do sol no vidro não permitiu fotografias com muita qualidade

sábado, 12 de setembro de 2009

Alma perdida



Alma Perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente ...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste ... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz! ...

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"




Escavação

Numa ânsia de ter alguma cousa,
Divago por mim mesmo a procurar,
Desço-me todo, em vão, sem nada achar,
E a minh'alma perdida não repousa.

Nada tendo, decido-me a criar:
Brando a espada: sou luz harmoniosa
E chama genial que tudo ousa
Unicamente à fôrça de sonhar...

Mas a vitória fulva esvai-se logo...
E cinzas, cinzas só, em vez do fogo...
- Onde existo que não existo em mim?

. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .

Um cemitério falso sem ossadas,
Noites d'amor sem bôcas esmagadas -
Tudo outro espasmo que princípio ou fim...

Mário de Sá-Carneiro, in 'Dispersão'

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Divagando sobre a beleza


Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as cousas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Por que sequer atribuo eu
Beleza às cousas.
Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer cousa que não existe
Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então por que digo eu das cousas: são belas?
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as cousas,
Perante as cousas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos


A beleza é a vida quando nos mostra a sua melhor cara
Khalil Gibran

"Vivemos só para descobrir beleza. Todo o resto é uma forma de espera."
Khalil Gibran

O que é a beleza? uma nova aptidão para nos dar prazer
Stendhal

A beleza é uma contradição velada
Jean-Paul Sartre

A beleza é apenas a promessa da felicidade
Stendhal

Traduzo assim S. Tomás de Aquino: há três coisas necessárias à beleza: integridade, harmonia e luminosidade. Correspondem essas coisas às fases da apreensão?
James Joyce

Num voo de pombas brancas, um corvo negro junta-lhe um acréscimo de beleza que a candura de um cisne não traria
Boccaccio

A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla
David Hume

Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos connosco, nunca o encontraremos
Ralph Emerson

Tu não estás em ti, beleza indizível, estás em mim
Juan Ramón Jiménez

Toda a beleza é alegria que permanece
John Keats

Não há nada de tão belo como aproximarmo-nos da Divindade e espalhar os seus raios pela raça humana
Ludwig Beethoven

Beleza, presente de um dia que o Céu nos oferece
Alphonse de Lamartine

A beleza é a harmonia entre o acaso e o bem
Simone Weil
Platão viu a beleza como o objecto do desejo e uma porta de entrada no transcendental.
S. Tomás de Aquino viu-a como um atributo do Ser e uma dádiva de Deus

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O paradoxo do nosso tempo

escherEscher

O paradoxo do nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas desfrutamos cada vez menos; temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus académicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos. Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores.

Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência; aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida; adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos; já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com o nosso

vizinho; conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior; fizemos coisas maiores, mas não coisas menores; limpamos o ar, mas poluímos a alma; dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos.

Escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos; aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência; temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral; temos mais comida, mas menos apaziguamento; construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação; tivemos avanços na quantidade, mas não na qualidade; estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e de carácter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos; estes são tempos em que se almeja a paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de comida, mas menos nutrição; são dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficar por uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrina e nada no estoque.

Fonte:César Romão em Estórias e Metáforas

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cinzas e Neve - Gregory Colbert

Clique em cima da foto para ver o portefólio
Gregory Colbert, produtor de filmes e fotógrafo nascido no ano de 1960 em Toronto, Canadá, tornou-se conhecido como o criador de Ashes and Snow, uma coletânea de fotografias artísticas e filmes que têm o seu lugar de exposição no Nomadic Museum.
"Quando dei início a Ashes and Snow em 1992, comecei por explorar o relacionamento entre os homens e os animais de dentro para fora. Na descoberta da linguagem partilhada e das sensibilidades poéticas de todos os animais, trabalho no sentido de restabelecer o solo comum que um dia existiu quando as pessoas viviam em harmonia com os animais."
"Até agora, esta situação não se tem verificado em relação à natureza e aos animais. É preciso que renegociemos o nosso contrato com a natureza. As grandes empresas gastam todos os anos bilhões de dólares em publicidade para anunciar os seus produtos, utilizando como protagonistas os animais e a natureza. A Animal Copyright Foundation fornece um sistema de reconhecimento imediato às companhias responsáveis para que estas possam comunicar que estão informadas e empenhadas em preservar as espécies e os habitats naturais do mundo."
Desde que se presentó por primera vez en Venecia en 2002, más de un 10 millones de personas han visitado Ashes and Snow, una exposición de más de cincuenta trabajos fotográficos a gran escala, una película de 60 minutos y dos cortometrajes “haikus” de Gregory Colbert.
El Nomadic Museum, el hogar itinerante de Ashes and Snow, debutó en Nueva York en marzo de 200, y desde entonces ha estado en Santa Monica, Tokio y la Ciudad de México. La próxima instalación de Ashes and Snow en el Nomadic Museum tendrá lugar en Brasil en 2009.
Fonte: http://www.ashesandsnow.org/e Wikipédia

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Teodora – de meretriz a imperatriz

teodora-de-bizancio

Nasceu no Império Bizantino em 500 e era filha de Acácio, um tratador de ursos do circo. Acácio faleceu deixando 3 filhas de tenra idade, entre elas, Teodora. À medida que cresciam em idade e beleza, as três irmãs devotaram-se sucessivamente aos prazeres públicos e privados do povo bizantino. Teodora dedicou-se ao teatro burlesco como actriz cómica, o seu talento tendia para o que chamaríamos de comédia física, o teatro inteiro de Constantinopla vinha abaixo com risos e aplausos. Era uma jovem bonita de figura pequena mas elegante, pele suave um pouco pálida de traços finos e delicados, olhos expressivos que faziam cair de amores qualquer um. Teodora exibia sem vergonha cenas de nu no palco, seus encantos venais eram prodigalizados a uma turba promíscua de cidadãos e forasteiros de toda classe e profissão. Enquanto seu avanço na sociedade bizantina subia e descia, ela fez uso de cada oportunidade.

Foi amante de Hécebolo governador de Pentápolis de quem teve um filho, mas a relação durou pouco, Hécebolo não estava disposto a sustentar a dispendiosa e infiel amante. Abandonada em Alexandria, à extrema miséria, durante o seu laborioso retorno a Constantinopla, todas as cidades do Oriente admiraram e desfrutaram a bela cipriota cujo mérito parecia justificar o seu nascimento na ilha de Vénus.

Chegada a Constantinopla Teodora decide-se por uma postura mais decorosa e dedica-se à profissão de fiandeira, vivendo numa casinha modesta que mais tarde transformou num sumptuoso templo. A sua beleza logo seduziu o nobre patrício Justiniano que, reinava com poderes absolutos em nome do tio. Fazendo-se pudica, retardando qualquer avanço do apaixonado amante, Teodora ganhava pontos. Justiniano pôs-lhe aos pés os tesouros do Oriente e mostrou-se disposto a casar com a sua deusa a qualquer custo.

A lei romana proibia o casamento de um senador com uma mulher que tivesse sido desonrada por uma origem servil ou pela profissão teatral. Ao casamento oponham-se a Imperatriz e a mãe de Justiniano, mas este aguardou tranquilamente pela morte da Imperatriz, e desprezando os conselhos e lágrimas da mãe, fez promulgar uma lei que facultava através de um glorioso arrependimento, às desditosas mulheres que se houvessem prostituído no teatro, contrair uma união legal com romanos ilustres.

Assim em 523 casou Teodora com Justiniano e em 527, o patriarca de Constantinopla coloca-lhes o diadema do imperador e da imperatriz do Oriente. A prostituta que, na presença de inúmeros espectadores, tinha corrompido o teatro de Constantinopla, foi adorada como rainha na mesma cidade por graves magistrados, bispos, ortodoxos, generais vitoriosos e monarcas cativos. Teodora mostrou ser uma boa governante, lutou para dar às mulheres os mesmos direitos legais que os homens, garantindo – lhes maiores direitos em caso de divórcio e permitindo – lhes possuir e herdar propriedades, criou ainda casas para ex-prostitutas. Há quem diga que as recolhia nas ruas mesmo contra a sua vontade. Mas da mesma forma que se mostrou generosa também se mostrou implacável para com as pessoas que desaprovava. Os seus numerosos espiões observavam e zelosamente e relatavam qualquer acção, palavra ou expressão injuriosa à sua pessoa. Quem lhe desagradasse era atirado às prisões privativas da imperatriz, inacessíveis e por lá ficavam até à morte.

Justiniano idolatrava a mulher e apesar de esta nunca lhe ter conseguido dar um filho, seu domínio era permanente e absoluto, preservou pela astúcia ou pelo mérito, o afecto do Imperador. Teodora morre por volta dos 50 anos, 20 anos antes de Justiniano. Seu corpo foi enterrado na igreja dos Santos Apóstolos, um dos mais esplêndidos templos que o imperador e a imperatriz construíram em Constantinopla. Junto com o marido, ela é santa da Igreja católica Ortodoxa, comemorada a 14 de Novembro.

domingo, 6 de setembro de 2009

Vícios e virtudes de Lucrécia Bórgia

Leonardo_LucreziaBorgia Desenho de Leonardo da Vinci

Lucrécia nasceu em Roma no ano de 1480, filha de Roderigo Gil de Borja i Borja mais tarde papa Alexandre VI e de sua companheira Vanozza. Para além de Lucrécia o casal teve mais três rapazes, César (1475) Giovanni (1477) e Geofredo (1481). Viviam uma infância feliz junto de sua dedicada mãe numa casa perto de Roma. Aos nove anos Lucrécia foi separada da família indo viver na companhia de uma dama da nobreza Romana, Adriana de Mila, a fim de receber uma educação esmerada e erudita ao lado da rigorosa senhora. Por sua vez o seu irmão César seguiu a carreira religiosa por imposição do pai e Giovanni seguiu para Espanha.

O filho de Adriana, Orsino Orsini com a mesma idade de Lucrécia era casado com Giulia Farnese beldade de 14 anos, que veio a tornar-se amante de Rodrigo e em virtude disso, grande amiga de Lucrécia. Sobre a influência mundana de Giulia, Lucrécia em quatro anos transforma-se numa sedutora mulher.

A menina que era em 1489, era agora precocemente uma mulher fatal que já tinha desejos carnais activos. O seu belo corpo não aparentava treze anos mostrando formas sensuais capazes de chamar a atenção de qualquer homem. Nesta altura casa com Giovanni Sforza, não se tendo consumado o casamento devido à idade da noiva. Os dois anos que separaram o casamento da consumação, marido e mulher passaram totalmente afastados, Giovanni Sforza governando Pésaro e Lucrécia fruindo as orgias nos aposentos de seu pai e de seus irmãos no Vaticano.

Entretanto Giullia perde os favores de Rodrigo como amante favorita e é afastada do Vaticano. Sem a amiga Lucrécia aproxima-se de sua cunhada Sanchia de Aragão esposa de seu irmão Geofredo, filha bastarda do rei de Nápoles. Sanchia tão frívola quanto Giulia, além de servir a Geofredo como esposa, frequentava também a cama de seu cunhado Giovanni, e talvez também a de César. Sforza mal impressionado com a mulher e interessado na separação, acusa Lucrécia de incesto com seu irmãos e até com o próprio pai, acusações que nunca vieram a ser provadas.

Após a morte trágica de seu irmão Giovanni, tendo recaído as suspeitas de assassinato em César, Lucrécia retira-se para um convento aparecendo pouco tempo depois grávida. A paternidade da criança é amplamente discutida até os dias de hoje. Existem rumores de que o próprio César Bórgia engravidou a irmã, e outros dizem que o responsável foi um belo jovem espanhol chamado Pedro Calderón. Calderón era da criadagem do papa Alexandre e era o incumbido de transportar a correspondência entre pai e filha. O certo é que, por algum tempo, ele realmente foi amante de Lucrécia Bórgia, mas não há como provar se ele a engravidou ou não. Calderón aparece morto nas mesmas circunstâncias de Giovanni e mais uma vez César é acusado do crime. Lucrécia deu à luz um menino, a quem chamou Giovanni, que ficou conhecido apenas como "o Infante Romano” Entretanto a paternidade foi reconhecida por César Bórgia, que tinha deixado a vida religiosa.

Lucrécia agora com 18 anos casa com um jovem de 17, Afonso de Aragão, duque de Biscegli. Afonso ouvindo os boatos que corriam sobre Lucrécia acusando-a de cruel envenenadora, que guardava um veneno mortal dentro de um anel, uma mulher frívola que era "filha, mulher, e nora" de seu pai, não estava receptivo ao casamento mas, quando a conheceu, Lucrécia pareceu-lhe inofensiva e não resistindo à sua beleza rapidamente se apaixonou. Lucrécia ficou grávida e a pedido de seu irmão César, vai com o marido para Roma para que lá nascesse o filho que, viria a chamar-se de Roderigo. Mas mais uma vez César tem planos para matar Afonso. Este sofre um atentado do qual consegue sair mal tratado mas vivo. Lucrécia e Sancha fazem guarda ao quarto de Afonso preparando até os seus alimentos, mas num momento qualquer de descuido Afonso aparece assassinado. Lucrécia Bórgia passou à história como a culpada deste assassinato. Dizia-se que Biscegli foi vítima de um de seus venenos, apesar de a acusação não ter fundamento algum.

Em 30 de Dezembro de 1501 Lucrécia casa com o jovem Afonso d´Este filho do poderoso Duque de Ferrara.

Com a morte do sogro em 1505, ela e marido herdaram o ducado de Ferrara. No mesmo ano, deu à luz o primeiro filho, Afonso. A criança morreu semanas depois, mas três anos depois o casal teve outro menino, Hércules. Depois deste, vieram outros filhos: Hipólitho (1509), Francesco (1516), Alexandre (1514), Eleanora (1515), e Isabel Maria (1519). Ela foi boa mãe para todos os seus filhos, inclusive para os que estavam longe dela, como Roderigo e o misterioso Giovanni, "O Infante Romano" Um ano após a sua nomeação como duquesa, Lucrécia fica como regente em Ferrara. Aproveitando a oportunidade mostrou outra simpatia comum de sua família: a vontade de ajudar o povo judeu, criando um édito que proibia terminantemente qualquer tipo de discriminação contra os judeus. Lucrécia em Ferrara formou a chamada "Corte das Letras" Para além de escritores e poetas, na sua corte reuniam-se pintores como Tiziano e Venetto, entre outros. Em 1508, Lucrécia recebe o humanista Erasmo.

Aos 39 anos de idade, Lucrécia está prestes a enfrentar outro parto. Prevendo a morte, enviou uma carta ao papa Leão X pedindo a bênção especial que, não veio a tempo de a encontrar com vida. Morreu rodeada do carinho dos filhos e familiares. Foi uma figura destacada do renascimento, período de grandes acontecimentos culturais intelectuais e políticos. Filha de um homem controverso com muitos inimigos esteve sempre envolvida em boatos e polémicas que nunca foram confirmados. Senhora de uma beleza surpreendente, educação e inteligência refinadas e com grande sentido politico, em Ferrara, foi adorada e apelidada «A Mãe do Povo»

sábado, 5 de setembro de 2009

A Vénus de Canova – Pauline Bonaparte

canova-paolina-borghese

Pauline nasceu em Outubro de 1780 na Córsega, filha de Carlos Bonaparte, de origem italiana, um notável da ilha e Letícia Ramolino, filha de um funcionário do governo genovês.

Pauline era uma das 3 irmãs de Napoleão Bonaparte e a sua preferida.

Belíssima, dona de um corpo perfeito, cintura fina, pés e mãos delicados, um cabelo luminoso e um sorriso com dentes admiráveis, arrasava corações por onde passasse. Caprichosa e sensual, amou e deixou-se amar por homens de todas as condições sociais. Foi por muitos considerada ninfomaníaca, mas sabe-se que tinha um coração de ouro. Aos dezassete anos apaixona-se pelo general Leclerc que tinha 25 anos, com quem vem a casar. Caprichosa e demasiado bela para ser amada por um só homem, Pauline preocupava-se apenas em seduzir e as suas toilettes requintadas, a sua juventude e beleza deixavam os jovens perfeitamente loucos. Todos a queriam nos seus braços e na sua cama. Nos bailes brilhava de entre as outras e as paixões sucediam-se.

Napoleão para acabar com os rumores manda o general numa missão para o Haiti e fim de pôr termo a uma revolta de negros,. Chegado a S. Domingos, Leclerc atacado de febre amarela acaba por sucumbir. Pauline adoece devido ao clima e regressa a Paris. Embora se tivesse curado da enfermidade nunca mais recuperou completamente, o que, não a impediu de continuar a levar a mesma vida de sempre.

Mais uma vez Napoleão decide casar a irmã e agora com alguém que pudesse sustentar o seus luxos.

Assim aos 22 anos Pauline casa pela segunda vez, em Agosto de 1803, com um dos mais ricos aristocratas de Roma, o príncipe Borghese, sobrinho neto do Papa Paulo V. Sem ser belo Borghese era um homem muito rico, senhor de sumptuosos palácios luxuosamente decorados e possuidor de valiosas obras de arte.

Pauline vivia como uma princesa rodeada de jóias, belos vestidos e amantes.

Foi por esta altura que António Canova famoso escultor neoclássico de origem veneziana a esculpiu numa pose onde repousa como Vénus reclinada, com o torso nu, onde se pode apreciar toda a sua escultural figura. Na altura não eram comuns os retratos de nu e não se sabe se terá mesmo posado nua para Canova, uma vez que apenas a cabeça tem características realista (ligeiramente idealizadas), apresentando o torso nu características das formas femininas do período clássico.

As saudades da vida parisiense levam-na a divorciar-se e a regressar a Paris aos salões, aos bailes às caçadas e ás paixões. Paulina adoece novamente e faz uma retirada principesca para Nice acompanhada de toda a sua comitiva. Por fim cansada reconcilia-se com Borghese voltando a viver juntos. Devido à sua vida desregrada, Paoletta, como carinhosamente Napoleão a tratava, morre aos 45 anos sem deixar descendência.

Fonte: www.leme.pt/biografias/b/irmasbonaparte.html

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Profecias e maldições

Desde o neolítico até aos nossos dias, o homem consulta os oráculos na busca de respostas para as suas dúvidas e como auxiliar na tomada de decisões. Grandes vultos da história o fizeram, reis poderosos, actuais presidentes, até o povo em geral usa esses recursos, com base na sua fé e religiões.
Na antiguidade o oráculo de Delfos, foi um dos mais famosos meios de contacto espiritual com os deuses. O deus Apolo falava com quem procurava a sua ajuda através das suas sacerdotisas. Nenhuma decisão era tomada pelo rei, imperador, patrício ou plebeu sem a consulta dos oráculos.
Um famoso exemplo de profetização e maldição foi escrito na história com a perseguição dos templários no sec. XIV. Com a autorização do Papa Clemente V, o rei da França Filipe IV, ordenou a morte dos cavaleiros Templários. Em 1307, Jacques De Molay, (Grande Mestre da Ordem dos Templários, foi assassinado. Outros 50 cavaleiros templários foram aprisionados em masmorras até à morte e confiscados os seus bens pelo estado francês, que dividiu alguma parte desse grande tesouro com o Papado. Nas masmorras, os Monges da Ordem dos Templários desenharam símbolos místicos e rezaram ferozmente contra o papa Clemente V, amaldiçoando-o com violência
Molay antes de ser executado lançou a sua maldição, declarando que o Papa Clemente V e o Rei Filipe IV de França iriam morrer, o primeiro passado um mês e o segundo passado um ano. O que na verdade veio a acontecer. O Papa que gozava de uma saúde de ferro morreu subitamente no maior sofrimento e o Rei, valoroso cavaleiro, morreu em consequência de uma queda do cavalo após grande sofrimento.
Um dos casos mais interessantes de bruxaria foi o da Marquesa de Montspan
Athenais Charente, Marquesa de Montspan encomendou ao Abade Guibourg diversos trabalhos da magia negra com o objectivo de se tornar a única mulher a partilhar a cama do rei Luís XIV. As Missas Negras foram executadas, e a Marquesa acabou conseguindo os seus desejos, tornando-se a mulher mais poderosa do reino, a única a partilhar o leito com o monarca e mesmo dando á luz 7 filhos ao Rei. A fama deste feito espalhou-se por todo o mundo. Assim, a missa negra popularizou-se no sec XVII, com as famosas missas satânicas do abade Guibourg, e com elas o abade concedeu favores pagos a peso de ouro a quem o procurou. Diz-se que em grande parte, os seus trabalhos eram bem sucedidos.
Nos Estados Unidos, um feitiço matou implacavelmente sete presidentes em 140 anos. Em consequência das atrocidades cometidas pelos brancos contra os índios, um feiticeiro índio de nome Tengstunatowa, realizou um poderoso trabalho de feitiçaria prevendo que, de 20 em 20 anos morreriam tragicamente um presidente dos Estados Unidos da América. O feiticeiro índio escreveu ao presidente William H. Harison, informando-o da maldição que havia sido lançada. Não sabemos se o presidente o levou a sério, mas o facto é que ele morreu pouco depois. E o facto é que, de 20 em 20 anos, morreu um presidente norte-americano, sempre em estranhas circunstancias, de acidente, de envenenamento, baleado, etc. A feitiçaria só foi quebrada por Nancy Reagan, esposa do presidente Ronald Reagen que, consultando uma famosa astróloga, médium e mestre de artes esotéricas, conseguiu afastar do presidente o destino que fatalmente o aguardava. Assim, de facto o presidente foi baleado, mas não morreu.
Recentemente Nixon, um dos mais controversos presidentes dos EUA, soube por uma vidente que o seu país seria vítima de ataque terrorista de proporções jamais vistas, mas que isso apenas sucederia depois da morte de Issac Rabin, que seria assassinado.
Nixon fez todos os esforços no sentido de evitar alguma catástrofe. Facto é que, em 4 de Novembro de 1995 Issac Rabin foi assassinado e 6 anos depois em 11 de Setembro os EUA são alvo do maior ataque terrorista da história.
Grandes Profetas como Nostradamus e São Malaquias fizeram as mais fantásticas profecias, muitas delas têm - se cumprido com surpreendente acerto, pode ser acaso, ou não, mas as evidências são perturbantes.

Fonte:www.astrologosastrologia.com.pt

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Las Vegas – fantasia à americana

DSC00810Las Vegas situada no condado de Nevada nos EUA, é uma cidade que não dorme, tudo funciona 24h por dia. A noite anima-se com milhões de neons que cintilam por todo o lado, dando à cidade um ar de festa. Os hotéis recriam cidades como Paris, Veneza, Nova Iorque, Cairo, Marrakech e até um castelo medieval ou uma batalha de piratas.

As fotografias que se seguem ilustram um pouquinho da grandiosidade de alguns desses hotéis que, como no caso do Venetian tem capacidade para 7000 pessoas e nele trabalham 10.000 funcionários.

Venetian Resort-Hotel Casino

DSC00805O Venetian Resort-Hotel Casino, recria o tema Veneza. O tecto está pintado como se de um céu brilhante se tratasse. O Palácio dos Doges serve de porta de entrada para as lojas do Grand Canal, onde o visitante encontra uma recriação dos canais de Veneza e, até, da Praça de S. Marcos! As gôndolas deslizam suavemente ao som do Sole Mio num perfeito cenário de cinema.

DSC00806 Caesar's Palace

DSC00821O Caesar's Palace e o seu Forum comercial, dão-nos a ideia de um entardecer em Roma e recriam as belas fontes romanas, fóruns, cúpulas e estátuas de grandes dimensõesDSC00839Bellagio

DSC00851No lago exterior de um dos hotéis mais caros de Las Vegas, o Bellagio assistimos a um magnífico bailado de água, luz e som.

DSC00860 E já que estamos na "Europa", impõe-se uma visita a Paris, com uma subida à Torre Eiffel (164 metros, um pouco mais de metade dos 300 metros da verdadeira), ao edifício da Operá e ao Arco do Triunfo do Hotel Paris Las Vegas.

Cópia de DSC00855DSC00765 O Luxor apostou na construção de uma enorme pirâmide negra que serve de entrada principal ao casino.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Colabore! Faça a sua parte

Num certo lugar do Oriente, um Rei resolveu criar um lago diferente para as pessoas do seu povoado. Ele quis criar um lago de leite! Então pediu para que cada um de seus súditos levasse apenas um copo de leite; com a cooperação de todos, o lago seria preenchido.

O Rei muito entusiasmado esperou até a manhã seguinte para ver o seu lago de leite.Mas, qual não foi a sua surpresa, no outro dia pela manhã, quando viu o lago cheio de água e não de leite.

Consultou o seu conselheiro que o informou, que as pessoas do povoado tiveram todas o mesmo pensamento:No meio de tantos copos de leite, se só o meu for de água, ninguém vai notar...

Pense nisto!
É por isso que estamos nessa situação, onde todos por comodismo esperam pelos outros!
Não espere pelo leite dos outros para encher o lago da vida, participe com sua parte!

Aproximam-se as eleições legislativas e autarquicas, a sua participação é importante.
Colabore! Faça a sua parte.

Fonte: www. metafora. com .br