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terça-feira, 31 de março de 2009

Eles não sabem nem sonham...




Pedra Filosofal

Manuel Freire
Composição: António Gedeão

Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul

Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança

Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim

Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar

Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança

Pin Up Girls

segunda-feira, 30 de março de 2009

E se Judas não fosse o vilão que traiu Jesus?


O Novo Testamento diz que Judas Iscariot é o discípulo que traiu Jesus. Durante séculos o seu nome tem sido sinónimo de deslealdade e traição.
Uma das descobertas mais importantes da Arqueologia Bíblica traz uma nova versão da traição a Jesus. Descoberto por acaso nos anos 70 o manuscrito contendo o Evangelho de Judas, vendido duas vezes e roubado uma, foi finalmente entregue pela antiquária Frieda Nussberger-Tchacos, à Fundação Mecenas de Arte Antiga em Basileia na Suíça.
O Evangelho de Judas apresenta uma versão perdida dos últimos dias de Jesus, usando recriações dramáticas para retratar e esclarecer a complexa história de intriga e acções politicas dos primeiros dias do Cristianismo.
Encadernado em tecido e redigido em língua copta, o manuscrito - ou códice data dos secs. III ou IV e constitui a única cópia conhecida do Evangelho de Judas, cujo original terá sido escrito em grego por um grupo de gnósticos, antes do ano 180. A análise das 26 páginas do papiro, sugere que Judas estaria, afinal, a cumprir os desejos de Jesus quando o entregou às autoridades.
“O relato secreto da revelação que Jesus fez a Judas Iscariot durante uma semana, três dias antes de celebrar a Páscoa” – assim começa o texto deste Evangelho, revelado à comunidade internacional em 7 de Maio de 2006 numa exposição na sede da National Geographic em Washintgton. Noutra passagem, vista como um momento chave da narrativa, Jesus diz a Judas: “ …irás superá-los a todos. Pois irás sacrificar o corpo que me reveste.”
E por várias vezes o apóstolo maldito, por ter entregue Jesus aos romanos, surge destacado. “Afasta-te dos outros e contar-te-ei os mistérios do reino. Irás alcançá-los, mas sofreras muito”, diz-lhe Jesus, afirmando ainda: “…serás maldito pelas outras gerações, e mandarás nelas.”
“O Evangelho de Judas transforma o acto de traição de Judas num acto de obediência”, diz Craig Evans, um conceituado professor do Novo Testamento do Acadia Divinity College, situado em Wolfville, na Nova Escócia.
O manuscrito contendo o Evangelho de Judas, e que resistiu ao tempo, foi provavelmente escrito por volta de 300 d.C. No entanto, a primeira referência que se tem notícia sobre este evangelho data de 180 d.C. quando Irineus, um Bispo Cristão bastante influente, o denunciou como herege. Até então, existiam vários registos da vida e época de Jesus, escritos por vários cristãos durante os 150 anos que sucederam à sua morte, em mais de 30 evangelhos. O Bispo ajudou a elucidar a mensagem cristã argumentando que deveriam existir apenas 4 evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Todos os outros, incluindo o Evangelho de Judas, foram condenados e banidos pelos primeiros sacerdotes da Igreja.
Uma exímia equipe formada por cientistas e estudiosos da Bíblia verificaram a autenticidade deste manuscrito. O processo, envolveu datação por radiocarbono, análise de tinta, imageamento multiespectral, evidência contextual e outros. O trabalho foi difícil segundo Rodolfo Kasser, o principal tradutor do manuscrito. Para Elaine Pagels, professora de Religião na Universidade de Princeton, a descoberta “ derruba o mito de uma religião monolítica e mostra quão diverso e fascinante era o movimento cristão primitivo”.
Fonte: National Geographic (Maio de 2006), Jornal de Notícias Maio de 2006

quinta-feira, 26 de março de 2009

Movimento natureza - As árvores




Árvores do Alentejo

Horas mortas? Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido? e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro e giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
pedindo a Deus a minha gota de água.



Florbela Espanca

terça-feira, 24 de março de 2009

Anagramas, faça o seu...

Um anagrama (do grego ana = "voltar" ou "repetir" + graphein = "escrever") é uma espécie de jogo de palavras, resultando do rearranjo das letras de uma palavra ou frase para produzir outras palavras, utilizando todas as letras originais exactamente uma vez. Um exemplo conhecido é o nome da personagem Iracema claro anagrama de América.

Os anagramas podem ser simples ou múltiplos. Deixo aqui alguns exemplos.
Prato, Tropa, Parto, Porta, Rapto…

Arte, tear, ater…

Casar, sacar, rasca, …

Roma, amor, ramo, mora…

Velas, levas, selva, vales…

Leonardo da Vinci usava anagramas para proteger os seus estudos contra espiões.
Faça o seu e verá que é divertido.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Aleijadinho, o arquitecto e escultor da época colonial

António Francisco Lisboa, mais conhecido por Aleijadinho, nasceu em Vila Rica em 1730. Nasceu bastardo e escravo, uma vez que era filho natural do arquitecto português Manoel Francisco Lisboa e de uma de suas escravas. Na sua formação teve provavelmente como mestre, seu pai, arquitecto de grande projecção na época e o pintor e desenhista João Gomes Baptista.
Igreja de S. Francisco em Ouro Preto
Da sua formação como escultor pouco se sabe, mas pensa-se que tenha tido aprendido com Francisco Xavier de Brito e José Coelho Noronha, ambos artistas entalhadores de renome.

Por volta de 1777, quando estava empenhado na execução do projecto arquitectónico e construção da Igreja de S. Francisco de Assis, em Vila Rica, desenvolveu uma doença degenerativa dos membros, que lhe comprometeu os movimentos, ficando mesmo sem os dedos das mãos e dos pés. Para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas aos membros. Dessa anomalia causada pela doença surge o apelido de aleijadinho.
Em 1796, dedica-se à produção de escultura, obras primas policromadas, dos personagens das sete cenas da Paixão de Cristo e os doze profetas do adro, em pedra sabão, no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais.

Cristo carregando a cruz - Congonhas

Entre 1796 e 1799, realiza 66 estátuas em tamanho natural, em cedro, para a Via Crucis, para seis capelinhas votivas, inspirando-se no conjunto do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, Portugal. Realizou ainda alguns conjuntos escultóricos como a prisão de Cristo constituído por 8 figuras e a flagelação e coroação de espinhos. São ainda dignas de referência, Cristo no Horto, e várias outras esculturas religiosas em pedra sabão.

O conjunto monumental de Congonhas representa a obra-prima do artista., mas são também da sua autoria a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de S. José, Matriz de Nossa Senhora do Pilar, o Chafariz do Pissarão e o Palácio dos Governadores.

Apesar de ter granjeado fama e prestígio em vida, sendo considerado o primeiro artesão colonial a ascender à dignidade de artista, Aleijadinho morreu pobre e abandonado. Mas a sua obra permanece como um registo genial da grande festa do ouro, cultura e arte, nas minas da época colonial.

Não perca de vista os seus objectivos

A solidão instala-se quando perdemos de vista os nossos objectivos
Encontrei vagueando pela net frases que nos levam a reflectir e motivam na prossecução dos nossos objectivos.

- Os nossos objectivos apenas podem ser alcançados através de um plano, no qual acreditamos sem reservas, e sobre o qual agimos de forma enérgica. Não existe outra forma para o sucesso.
Stephen A. Brennan

- Quando estamos motivados por objectivos que têm um significado profundo, por sonhos que necessitam de ser completados, por amor que precisa ser expressado, então viveremos a vida verdadeiramente.
Greg Anderson

- Sem objectivos e planos para os alcançar, somos como um navio que navega sem destino.
Fitzhugh Dodson

- Eu acho que o passo mais importante em cada conquista é especificar um objectivo. Isto permite que a sua mente se foque no objectivo e não nos obstáculos que irão surgir quando tenta fazer o melhor.
Kurt Thomas

- Os altos e baixos da vida fornecem janelas de oportunidades para determinar os seus valores e objectivos. Pense em usar todos os obstáculos como pedras para construir a vida que deseja.
Marsha Sinetar

- Os objectivos são sonhos com prazos.
Diana Scharf Hunt

- O homem é um animal à procura de objectivos. A sua vida apenas tem significado se ele se esticar para atingir os objectivos.
Aristotle

- Os nossos planos não funcionam porque não fazemos pontaria. Quando o homem não sabe para onde atirar, não existe nenhum vento correcto.
Seneca

- Os obstáculos são aquelas coisas horríveis que aparecem quando tira os olhos dos objectivos.
Sydney Smith

Quando alguém como eu tem um blog

O que é um Blog?
“A definição de Blog não é consensual. Um Blog é um registo cronológico e frequentemente actualizado de opiniões, emoções, factos, imagens ou qualquer outro tipo de conteúdo que o autor ou autores queiram disponibilizar. Existem muitos tipos de Blogs, ouve-se muitas vezes a expressão “Diário virtual” para descrever o Blog, o SAPO pensa que um Blog pode ser muito mais do que isso. Depende apenas e só do que o autor ou autores queiram que o seu Blog seja.”

Quando criei o meu blog, decidi que seria a extensão da minha sala de aula, que falaria do que gosto do que sei, do que me dá prazer.
Gosto de ensinar, de partilhar conhecimento, mas não gosto de falar de mim, do que sou, do que sinto. O que penso, dentro da linha do meu blog está lá expressa.
Para o registo da viagem da minha vida, tenho os meus caderninhos onde diariamente anoto momentos que, não gosto de partilhar, mas que gosto de recordar mais tarde.
Tenho muita dificuldade e, chamem-lhe insegurança se quiserem, de expor os meus sentimentos e emoções para quem não vejo. Quando falo de mim, gosto de o fazer cara a cara, observando a reacção das pessoas, envolvendo-me fisicamente nessa partilha. Admiro profundamente e invejo até, quem o consegue fazer. Pessoas que com uma fluência incrível descrevem situações na primeira pessoa, histórias maravilhosas que me encantam.
Da mesma forma que preservo o que penso e o que sinto, preservo os meus. São maneiras de estar, de ser e de fazer, não tem nada a ver com a falta de coragem, falta de opinião ou inércia, são diferentes posturas em relação à vida.
E porque a minha postura é esta o meu blog tem menos qualidade?

domingo, 22 de março de 2009

Para a Lu um abraço de parabéns

Para a minha amiga Luciana com um grande abraço de parabéns
A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim
não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que
caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


Cecília Meireles

sábado, 21 de março de 2009

Sagração da Primavera


Sandro Botticcelli foi um célebre pintor italiano da Escola Florentina do Renascimento
A sua obra intitulada "A Primavera" é uma obra de temática mitológica clássica que nos apresenta a alegoria da chegada desta estação.
Ao centro encontra-se Vênus, que media toda a cena. Na tradição clássica, Vênus e o Cupido surgem para avivar os campos, fustigados pelo inverno, iniciando a primavera ao semear flores, beleza e atração entre todos os seres. Sobre a cabeça de Vênus está o Cupido, seu filho, de olhos vendados, apontando a seta do amor em direção às três figuras que representam as Graças (Aglaia, Talia e Eufrónsina), símbolos da sensualidade, da beleza e da castidade. Mais à esquerda encontra-se Hermes dissipando as nuvens.



Stravinsky concebeu a obra "Sagração da Primavera" em 1910, quando, segundo as suas palavras, "sonhou com uma cena de ritual pagão em que uma virgem eleita para o sacrifício dança até morrer".
O vídeo aqui apresentado é do coreógrafo francês Maurice Béjart, um dos fundadores da dança contemporânea

Oração da Serenidade

Esta oração é lida no encerramento das reuniões dos AA e dos NA.
Foi-me dada por um amigo num dia em que me encontrava profundamente deprimida e ansiosa. Desde então, passei a trazê-la sempre comigo.

Oração da serenidade
Concedei-me Senhor
a serenidade para aceitar as coisas
que eu não posso modificar,
a coragem para modificar
aquelas que eu posso, e
a sabedoria para distinguir
umas das outras

sexta-feira, 20 de março de 2009

Queres vir comigo à casa de banho?

Atitude simples e inocente, comum nas mulheres, mas impensável e até inadmissível, quando tomada pelos homens.
Nesta atitude há uma antiga lógica ancestral.

Na pré-história por muito tosca que fosse a caverna ou um abrigo, as pessoas teriam que se deslocar a algum ponto próximo para satisfazer as suas necessidades fisiológicas.

As mulheres, muitas vezes sozinhas nas cavernas tinham que se proteger de eventuais perigos quer de animais selvagens quer de outros humanos, de clãs diferentes e com pretensões duvidosas. Assim convidavam-se mutuamente para se fazer acompanhar neste percurso.

Fonte: O sagrado e o Profano de Mircea Eliade

Lello, uma das livrarias mais belas do mundo

A livraria Lello & Irmão situada na cidade do Porto – Portugal, é considerada a terceira mais bela do mundo pelo The Guardia, o jornal inglês chama-lhe "divina". A primeira é uma antiga igreja de Maastricht, Holanda, transformada na casa dos livros.
O edifício da chamada Livraria Chardron, agora a Lello, está situado na Rua das Carmelitas e foi inaugurado a 13 de Janeiro de 1906, encomendado o projecto a Xavier Esteves, um distinto engenheiro da época. De estilo neogótico e modernista, é famosa no mundo inteiro e um dos ícones da cidade com grande tradição literária e intelectual.

Uma verdadeira preciosidade é a escada de madeira lavrada que se encontra no centro da livraria e que dá acesso ao segundo piso. A sua decoração é feita basicamente de madeiras trabalhadas, tipo filigrana, com uma infinidade de detalhes característicos da época, que encantam qualquer um, não só os amantes da leitura, mas também arquitectos e historiadores de arte.

No tecto encontra-se uma formosa clarabóia que envolve a livraria numa luz suave e natural que convida à leitura. Para além das belíssimas estantes o chão em madeira é atravessado por carris onde circulava um vagão que percorria a livraria, permitindo com maior facilidade a deslocação e recolocação de livros.

A pensar nos turistas, que têm a Lello como lugar de passagem no roteiro do Porto, tem obras traduzidas, em várias línguas, de escritores portugueses. A livraria Lello & Irmão é um motivo de orgulho para os portugueses

Nora, a gata pianista

Era uma vez um gato maltês que tocava piano e falava francês.
Nora é uma gatinha que vive com um casal, professores de música. Todos os dias a inteligente bichana ouve as lições dadas pelos seus donos.
Até que um dia, a gata saltou para cima de um piano e bateu com as duas patas no teclado. O descuido deu origem ao início de uma insólita carreira musical, com contornos felinos. Pouco tempo depois, "Nora" surpreendeu os donos novamente no piano, tocando quase perfeitamente uma das melodias ensinadas pelos professores aos seus alunos
Agora «Nora» pratica todos os dias os seus dotes musicais

terça-feira, 17 de março de 2009

Esculturas hiperrealistas de Ron Mueck









Ron Mueck é um escultor australiano hiperrealista que ultiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho das esculturas seria fácil confundi-las com pessoas. As suas obras são realizadas com silicon, acrilico e fibra de vidro






Esculturas bizarras

Los Angeles- EUA /Como - Itália

Cingapura /Melbourne - Austrália

Praga - Repúblia Checa /Potsdam - Alemanha


Headington-Reino Unido /Colónia- Alemanha


Quando a imaginação e a criatividade não têm limites. Alguns exemplos de escultura curiosas que podem ser vistas pelo mundo fora






Artista mata à fome cachorro numa galeria de arte


'Artista' que matou um cão à fome vai repetir o acto em 2009- Ou NÃO! Assinem a Petição s.f.f.
Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.
Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.
Até que finalmente morreu de inanição, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.


parece-te forte?
Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2009.Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição :
<http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html>
(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor alheia
REENVIA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS CONTACTOS, POR FAVOR. se puseres o nome do 'artista' no Google, saem as fotos deste pobre animal e seguramente também aparecerão páginas web onde poderás confirmar a veracidade da informação.

domingo, 15 de março de 2009

Karni Mata - O templo dos ratos



Para a maioria dos povos, sobretudo os ocidentais, os ratos são conhecidos especialmente pelo risco à saúde, são portadores de variadas doenças transmissíveis ao homem, como a leptospirose - peste bubônica - e hantavírus – febre hemorrágica viral, febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR); e a síndrome pulmonar por hantavírus (SPHV), infecções muito graves - além de ser hospedeiro para outras doenças.
Na Índia são divindades. Existe um templo, Karni Mata, dedicado aos ratos. Estes animais são venerados como deuses e recebem oferendas em alimentos, podendo - se alimentar, reproduzir e viver à vontade dentro do templo.
As pessoas visitam os animais e a quantidade de ratos é tão grande que às vezes pisam nos ratos e sem querer, matando o animal. Nestes casos é necessário que se pague o peso do rato em ouro para confortar a pobre alma do ratinho.
Existem no local cerca de 10.000 ratos e muitas pessoas entram lá descalças, pisando sobre as suas fezes. Muitas compartilham o próprio alimento com os ratos, já que isto é considerado uma honraria e ingerem o alimento mesmo após os ratos terem comido e andado sobre ele.
O governo indiano precisou de ajuda para alimentar 120.000 pessoas que ficaram sem ter que comer porque os ratos comeram tudo. O governo, para dar conta da quantidade de ratos existente, organizou uma competição de matadores de ratos. Ao todo, os fazendeiros mataram 25 milhões de ratos. O problema dos ratos lá é tão sério que as estatísticas apontam para a absurda marca de 10% total de perda para os roedores em toda a produção agrícola da Índia!

Respeito a cultura de cada povo, e não sou contra o facto de divinizarem os ratos, mas deveriam ser mais contidos nas suas manifestações de fé, não pondo a saúde em risco.

Cultura é cultura! O que pensa?...

sábado, 14 de março de 2009

Desejo a vocês - poema de Carlos Drummond de Andrade


Desejo a vocês
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com os amigos
Viver sem inimigos
Filme na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Ouvir uma palavra amável
Ver a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir não
Nem nunca, nem jamais
Nem adeus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de amor
Tomar banho de cachoeira
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas com alegria
Uma tarde amena
Calçar um chinelo velho
Tocar violão para alguém
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu


Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 12 de março de 2009

O Ganges entre o divino e o horror


O Ganges, com seus 2.510 km de percurso, é considerado um rio sagrado, e venerado por representar a deusa "Ganga". O rio mais importante da Índia é meta de milhões de hinduístas que, todos os anos, fazem nas suas águas as suas abluções sagradas, para se purgarem dos seus pecados. As águas do Ganges recebem anualmente, cerca de 100 kg de cinzas dos mortos cremados nos rituais hinduístas de purificação da alma, e intensas descargas industriais de esgotos e pesticidas.
Somente na cidade de Varanasi são 32 saídas de esgoto para o rio, o que torna o ritual hindu extremamente desagradável e perigoso.
A Organização Mundial de Saúde, está estudar uma forma de despoluir este rio, que é a principal causa da mortalidade infantil da região devido às substancias tóxicas ali depositadas.
Estas são as imagens assustadoras que diáriamente podemos ver no rio sagrado da Índia











quarta-feira, 11 de março de 2009

Lei do menor esforço


No livro “ As sete leis espirituais do sucesso” Deepack Chopra apresenta-nos a lei do menor esforço.

Na ciência védica, a ancestral filosofia da Índia, este principio é conhecido como o principio da economia de esforço, ou «faça menos e realize mais». Atinge-se um estado em que não se faz nada e realiza-se tudo. Isto significa que existe apenas uma ténue ideia e a manifestação dessa ideia surge sem esforço.
Se observar a natureza em acção verá que o esforço despendido é mínimo. A relva não se esforça para crescer. Os peixes não se esforçam para nadar, mas nadam. A inteligência da natureza funciona sem esforço, nem fricção, com espontaneidade. E quando nos encontramos em sintonia com a natureza e adquirimos o conhecimento do nosso eu, estamos aptos a aplicar a lei do menor esforço
Como aplicar
É necessário aplicar a aceitação. Aceitar as pessoas, situações, circunstâncias e acontecimentos, tal como eles ocorrem. Reconhecer que determinado momento é o que deveria ser, porque todo o universo é como deveria ser. Não lutar contra o universo, lutando contra o momento presente. Aceitar as coisas como são no momento e não como gostaria que fossem
Depois de aceitar as coisas como elas são, aceite a responsabilidade pela sua situação e por todas as ocorrências que lhe parecem problemas. Aceitar a responsabilidade significa não culpar ninguém, nem nada, pela situação (incluindo-se a si próprio) Saber que em cada problema se encontra oculta uma oportunidade, permite-lhe aceitar o momento que passa e torná-lo melhor.
Por fim o distanciamento. Renunciar à necessidade de defender os seus pontos de vista. Não sentir a necessidade de convencer ou persuadir os outros a aceitarem os seus pontos de vista. Permanecer aberto a todas as opiniões e não ser rígido em relação a nenhuma.

Fonte: "As sete leis espirituais do sucesso" de Deepack Chopra

terça-feira, 10 de março de 2009

Homem de Vitrúvio


A imagem de um homem com dois pares de braços estendidos tem enfeitado paredes, pelo menos, durante duas gerações, “O Homem de Vitrúvio”.
Vitrúvio, engenheiro, arquitecto e escritor, viveu em Roma entre o final do sec.I a.C e o início do sec. I d.C..Escreveu um extenso livro, “De Architectura”, contendo dez capítulos enciclopédicos, nos quais discute aspectos do planeamento, engenharia e arquitectura de uma cidade romana, mas também inclui uma secção sobre as proporções humanas.
Diz na sua obra que as medidas do corpo humano são distribuídas pela natureza, da seguinte forma: que 4 dedos fazem um palmo, e 4 palmos fazem um pé, 6 palmos fazem o cúbito, 4 cúbitos fazem a altura do homem. E 4 cúbitos fazem 1 passo e 24 palmos fazem um homem; e foram estas medidas que usou nos seus edifícios.
A composição O Homem de Vitrúvio, tal como é ilustrada por Leonardo da Vinci, é na íntegra, baseada no tratado acima citado, escrito por Vitrúvio, sobre as dimensões do corpo humano; as quais se vieram a mostrar estarem grandemente correctas, sendo a ênfase dada à racionalização da geometria, por meio de pequenos números inteiros, para construir uma composição.

domingo, 8 de março de 2009

Pintura Metafísica de Giorgio De Chirico

A Pintura Metafísica foi um estilo criado em 1913 por Giorgio de Chirico e que acabou popularizando-se na Itália, sendo adoptada por outros artistas, em especial Carlo Carrá e Giorgio Morandi.
Este estilo de pintura cria um impressão de mistério, através de associações pouco comuns de objectos totalmente imprevistos, explora os efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada e escultural. Tem inspiração na Metafísica, ciência que estuda tudo quanto se manifesta de maneira sobrenatural.
A Pintura Metafísica antecipa certos aspectos do Dadaísmo, ao aproximar objectos díspares, e também do Surrealismo, ao representar um clima onírico
Giorgio de Chirico (1888-1978) foi um pintor italiano nascido na Grécia. Segundo ele, para que fosse verdadeiramente imortal, uma obra de arte teria que abandonar por completo os limites do humano.
Retratava nas suas obras cenários arquitectónicos, solitários, irreais e enigmáticos, onde colocava objectos heterogéneos para revelar um mundo onírico e subconsciente, perpassado de inquietações metafísicas.
Das suas composições fazem parte elementos arquitectónicos como colunas, torres, praças, monumentos neoclássicos, chaminés de fábricas etc. construindo, paradoxalmente, espaços vazios e misteriosos. As figuras humanas, quando presentes, carregam consigo forte sentimento de solidão e silêncio. São meio-homens, meio-estátuas, vistos de costas ou de muito longe. Quase não é possível entrever rostos, apenas silhuetas e sombras, projectadas pelos corpos e construções.






sábado, 7 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher - Poema de Florbela Espanca

Para comemorar este dia escolhi um poema de Florbela Espanca, uma grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX. Florbela retrata na sua poesia uma imensa ternura e um desejo de felicidade e plenitude que é comum a todas as mulheres

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Florbela Espanca

quinta-feira, 5 de março de 2009

Quem foi Patânjali?

Considerado um siddha (iogue perfeito), Patânjali teria vivido na Índia por volta do século 4 d.C.. O “Caminho Óctuplo” (Ashtanga Yoga) atribuído a ele, e que inclui a meditação, a ioga, e algumas posturas de vida, define um sistema espiritual completo, que qualquer um de nós pode tentar colocar em prática.

Ele é constituído por:
• Autocontrole (yama), que compreende cinco “nãos”: não à violência, não à mentira, não ao roubo, não à sexualidade descontrolada, não à avidez (por comida, riqueza ou poder);

• Observância (nyama), que compreende cinco “sins”: pureza, contentamento, prática constante, auto-estudo, devoção ao Divino. O autocontrole e a observância permitem-nos superar tendências negativas como a avidez e desenvolver atitudes positivas como o contentamento.

• Postura física (asana); flexibiliza, fortalece e alinha o corpo.

• Controle da respiração (pranayama); juntamente com as posturas físicas, direciona a força vital (prana) para a ativação dos centros energéticos (chakras) e a ampliação da consciência.

· Recolhimento da atenção (pratyahara); juntamente com a concentração nos liberta do turbilhão de sensações, sentimentos e pensamentos e direcionam a força mental para o Divino.

• Concentração (dharana)

• Meditação (dhyana)

• Êxtase místico ou superconsciência (samadhi).

Fonte: Revista Veja Novembro de 2008

quarta-feira, 4 de março de 2009

Manuscritos do Mar Morto

Os Pergaminhos do Mar Morto, ou manuscritos do Mar Morto são uma colecção de cerca de 850 documentos (em papiro), incluindo textos do Tanakh (Bíblia Hebraica), que foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto. Foram escritos em Hebraico, Aramaico e Grego, entre o século II a.C. e o primeiro século depois da nossa era, representando vários pontos de vista, incluindo as crenças dos Essénios e outras seitas, e guardados em rolos cuidadosamente envolvidos em panos de linho, e colocados dentro de vasilhas de barro.
Há fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento (excepto do Livro de Ester), de muitos dos livros judeus não canónicos conhecidos, e inclusivamente de outros até então desconhecidos, e apareceu um bom número de escritos próprios do grupo sectário dos Essénios que se tinham retirado para o deserto.
Os textos encontrados coincidem com os medievais, embora sejam quase mil anos anteriores, e as poucas variantes que apresentam coincidem em grande parte com algumas já testemunhadas pela versão grega, chamada dos Setenta, ou pelo Pentateuco samaritano.
Entre os textos de Qumran não há nenhum texto do Novo Testamento, nem nenhum escrito cristão.
Muitos destes manuscritos estão guardados em diversas universidades, em Israel, Estados Unidos, França e Inglaterra. A grande preocupação dos estudiosos da bíblia é provar a ligação de Jesus aos Essênios

Quem foram os Essénios
O mosteiro cujas ruínas se encontravam nas proximidades das cavernas onde os rolos foram encontrados, tinha sido habitado por um grupo de judeus pertencente as seitas dos essênios. Os primeiros religiosos essênios haviam chegado àquela desértica região às margens do Mar Morto por volta do ano 200 antes de Cristo. Os monges durante o dia trabalhavam nas hortas teciam linho, providênciavam a sua subsistência. À tarde liam, meditavam, oravam e entregavam – se à importantíssima tarefa de preparar cópias fiéis dos manuscritos antigos, para que a Palavra de Deus não se perdesse.
No ano 70 depois de Cristo, o mosteiro de Qumran foi agitado pela notícia do fracasso da revolta judaica contra o governo romano, que até então dominara a Palestina. Os monges essênios sabiam que tinham que abandonar Qumran pois a X Legião Romana não tardaria a aparecer para matá-los e destruir o mosteiro. A sua grande preocupação foi esconder todos os livros da biblioteca.
Graças ao clima seco do lugar onde os potes foram guardados, os manuscritos puderam resistir a passagem de quase 19 séculos, vindo a ser descobertos por um pastor beduíno da tribo dos Tamirés

terça-feira, 3 de março de 2009

Pentagrama


A palavra “pentagrama “ vem do antigo grego, e significa cinco linhas.
A palavra grega pode ainda derivar da antiga Mesopotâmia, cerca de 3000 a. C, aqui significava corpo celestial ou estrela.
O pentagrama é essencialmente uma estrela de cinco pontas, e tem vindo a representar aos olhos dos cristãos a magia negra, embora as suas origens fossem as de um talismã e símbolo sagrado geométrico, que remonta à antiga Grécia.
Na tradição cristã, o pentagrama já foi utilizado para representar as cinco feridas, ou estigmas, de Cristo. Para os Pitagóricos, as cinco pontas representam os cinco clássicos: fogo, terra, ar, água e pensamento.
Os Pitagóricos também viam no pentagrama a perfeição matemática e perceberam que entre outras coisas, o pentagrama esconde no interior das suas linhas, a Proporção Dourada.
Nos círculos de magia negra, ou simbolismo satânico, o pentagrama está invertido, com a ponta apontada para baixo. A sua utilização como símbolo satânico parece ser recente, sem qualquer precedente real ou utilização associada aos tempos antigos.
Na tradição hebraica, o pentagrama foi associado aos cinco livros do Antigo Testamento.
O pentagrama também era conhecido como estrela de Salomão, ou selo de Salomão, e é utilizado nas tradições mágicas e rituais árabes, bem como em rituais judaicos.