Nada melhor do que este poema de Carlos Drumond de Andrade, para caracterizar a situação portuguesa.
E agora Portugal? A festa acabou, o dinheiro sumiu e o povo dançou. E de quem é a culpa? De todos nós que nos desresponsabilizamos de tudo. Os portugueses falam muito na ausência de factos, todos falam sem saber de quê. Conversa de café, de rua, da treta.
Actuar? Muito pouco.
Felizmente no dia 12 de Fevereiro, o povo pela primeira vez, depois do 25 de Abril de 1974, mostrou inequivocamente o seu descontentamento e a sua vontade de mudança.
Temos que nos libertar da batuta dos políticos, deixarmos de lado uma cultura pessimista mas optimista por comodidade, a ponto de nos levar a crer que tudo se resolverá.
Nada se vai resolver se continuarmos a calar os nossos silêncios, que são muitos, se não tivermos coragem de dizer aos dois principais partidos que estamos fartos de mentiras, de ultrajes, de corrupção e compadrios, de mais do mesmo.
Neste poema de Carlos Drumond de Andrade, José somos todos nós.
E agora José?
5 comentários:
Estou vindo aqui para um convite:
http://masquerade-sissym-blog.blogspot.com/2011/03/stylish-blogger-award-premio.html
Voce foi indicada! beijos
Subscrevo tudinho :)
Olá querida,
Estava por aqui ouvindo música e me lembrei de você.
Pensando na sua postagem sobre a crise em Portugual, te mando está: http://www.youtube.com/watch?v=VHQFmBrjLCM
Grande beijo.
Bom domingo.
Acho que este poema do Drummond cabe aos quatro cantos do MUNDO, Emília.
Muito bem lembrado...
E olha que foi escrito numa época um pouco afastada dessa, mas sempre haverá essa pergunta - E AGORA JOSÉ?
Abraços,Menina
Olá Emília:
Eu tenho acompanhado a situação de Portugal, e realmente não está nada boa.
Eu ainda não sei como os capitalistas pretendem lidar com esse problema que eles mesmos criaram, propiciando a banqueiros ter todos os países ricos em suas mãos.
China, Brasil e alguns países africanos estão pensando em comprar títulos da dívida de Portugal. Será uma nova forma de manipulação?
Eu não entendo mais nada.
ABs
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