O meu destino
Disse-me a chorar:
«Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do amor,
que hás-de encontrar»
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfiando…
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando
E perguntando…
Mesmo a um velho eu perguntei
«Velhinho,
Viste o Amor acaso
Em teu caminho?»
E o velho estremeceu…olhou…
E riu…
Agora pela estrada, já cansados,
Voltando todos pra trás desanimados…
E eu paro a murmurar
«Ninguém o viu»
Florbela Espanca in «Em Busca do Amor»
2 comentários:
Belo poema, mas triste ao mesmo tempo, Emilia. Todos consciente ou inconscientemente vivemos em busca do amor. Tive sorte e encontrei. :-)
Abraços
Olá. Sempre a eterna Florbela Espanca. Desconhecia este belíssimo poema. parabéns pela escolha. Uma abraço.
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