O culto da deusa remonta, pelo menos, 35 000 a.C. sendo a mais antiga das religiões.
No período Paleolítico e Neolítico vindo do Oriente, encontramos figuras femininas esculpidas, feitas em osso, chifre, pedra ou argila, de ancas, seios e ventre muito desenvolvidos, verdadeiros hinos à fertilidade. Eram, possivelmente, alvo de homenagem – culto à Grande Deusa -Mãe, Deusa - Terra ou Deusa – Natureza.
Na Europa, ligados ao mesmo culto, aparecem os ídolos-placa: geralmente em forma de trapézio, vagamente com um sentido humano, têm gravadas na sua superfície triângulos, símbolo feminino. Estes objectos foram encontrados em túmulos, o que prova a relação entre a vida, a fecundidade, a morte e a ressurreição.
Em tempos bíblicos, o culto da deusa foi praticado por toda a Terra Santa, com a deusa Asherah sendo especialmente venerada e, nalgumas tradições, vista como a consorte de Yaheweh, ou o Próprio Deus. Asherah foi simbolizada em muitos locais pelas chamadas pedras de Asherah, pedras colocadas verticalmente que não só representavam a deusa mas que também parecem ter o simbolismo duplo do falo. Nessa época, foi empreendido um esforço combinado para suprimir o culto ou veneração da deusa, com o aparecimento de uma sociedade mais patriarcal; o deus, rei, sacerdote, e pai substituindo a deusa, rainha, sacerdotisa, e mãe.
Também no Islão parece que a supressão do feminino teve lugar, com alguns investigadores teorizando que as origens da suprema divindade islâmica, Allah, reside na deusa Al-lat a qual foi associada com a kaaba em Meca, um altar pré-muçulmano que foi usurpado para a fé islâmica pelo próprio Maomé.
No Egipto, Ísis foi vista como a derradeira personificação do feminino.
No Concílio de Éfeso em 342 d.C., uma reunião de bispos cristãos decidiu que a Virgem Maria deveria ser conhecida como Theotokos, ou “Mãe de Deus”, colocando-a assim no papel de deusa, embora fossem cuidadosos em não lhe conceder os habituais atributos de fertilidade associados com as figuras da deusa.
Os cultos da deusa viram uma espécie de renascimento no século XIX, com o ressurgimento da religião Wicca no norte da Europa. Também conhecida como “magia branca”, a religião Wicca mantém a deusa numa elevada estima, com uma crença subjacente num equilíbrio entre o deus e a deusa, uma espécie de dualidade.
Muitos movimentos feministas modernos também elevaram a deusa a alturas recentemente encontradas, e hoje em dia, o culto da deusa está de novo a gozar um renascimento.
Actualmente a veneração e a compreensão da energia e espiritualidade da deusa estão, de novo, em evidência.
Nos milénios de existência dos modernos seres humanos, a figura da deusa tem sido omnipresente.
Actualmente a veneração e a compreensão da energia e espiritualidade da deusa estão, de novo, em evidência.
Nos milénios de existência dos modernos seres humanos, a figura da deusa tem sido omnipresente.
5 comentários:
Olá!
Estou passando para lembrar sua participação na Blogagem Coletiva “Interlúdio com Florbela”, amanhã segunda-feira, dia 8 de dezembro. Noventa Blogs se inscreveram para participar, e como agradecimento pelo carinho de todos esses blogueiros, criei um espaço onde vou publicar todos os posts da Blogagem Coletiva, bem como o respectivo link do blog... Dá uma passadinha prá ver como vai ser, e aproveita para imaginar como vai ficar lindo o seu post por lá!
Ah... e lembre-se: são 90 blogs participantes... pode ser que não consiga publicar o seu post logo na segunda-feira, mas vou fazer o possível para que, até terça-feira todos estejam postados...
Espero que goste!
Beijos!
♥
http://interludioemflorcomflorbela.blogspot.com/
O seu blog é muito bom, eu me interesso muito sobre história antiga, evolução humana, religiosa.
Achei muito agradável de ler e ver.
Emília
A compreensão da Deusa junto com o Deus representa a abertura e acesso ao Portal da Evolução.
Que possamos cada vez mais irmos em busca deste significado tão abrangente.
Vou linkar este teu artigo no meu Blog.
Saudações iluminadas.
Você vai adorar conhecer a Sahaja Yoga! www.sahajayoga.org.br
Tem tudo a ver com seu trabalho!
Oi, o que você escreve no blog tem muita coisa em comum com o que diz a sahaja yoga. www.sahajayoga.org.br
Enviar um comentário