Após um tempo
Aprendemos a diferença subtil
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...
E os futuros têm um forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.
Assim plantamos nosso próprio jardim
E decoramos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.
E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...
E em cada dia aprendemos.
Jorge Luís Borges
3 comentários:
E aprendemos,aprendemos,ensinamos também!
Um grande abraço e parabéns pela resignação,perdeu um blog e fez outro melhor,vivemos á aprender,que derrotas também fazem parte do jogo,porem novas batalhas virão.
Nossa, forte esse poema. Não conhecia esse poeta de letras tão certeiras. Ele tem razão. Não dá para depositar nossas expectativas no outro. É preciso que façamos as coisas acontecerem. E, quando houver despedidas, façamos a despedida e sigamos, vivvendo.
Um abraço
Obrigado por partilhar belo poema que começa bem assim que transcrevo aqui: "Após um tempo
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos..." valeu!
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